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domingo, 19 de setembro de 2010

Castigo para os adolescentes


Por Nancy Van Pelt

Os pais não devem castigar fisicamente o adolescente. Ele se considera adulto e crê que apanhar é para as crianças. Sua autoestima não pode ser sacrificada no altar do ressentimento. Isso não quer dizer que o controle deva ser abandonado. Ao contrário, o adolescente precisa de uma supervisão firme e constante. Muitos erros e faltas do adolescente podem ser corrigidos com diálogos, num clima de amor e consideração. Se esse método fracassar, talvez seja conveniente tirar-lhe alguma regalia: sair com os amigos, usar o carro ou coisas parecidas. Reter a mesada ajuda a controlar o comportamento, mas não use esse método para que ele melhore as notas na escola.
As medidas disciplinares funcionam de forma mais efetiva entre os adolescentes quando eles colaboram na elaboração das regras e do castigo por sua desobediência. Uma mãe, quando seu filho voltou certa noite catorze minutos depois da hora combinada, disse: “Aplique você mesmo o castigo que merece e faça-o agora”. “Sou um idiota!”, exclamou o jovem em voz alta. “Se voltar a chegar tarde, perderei o privilégio de sair à noite, coisa que não quero”. Com um sorriso, continuou, com toda a riqueza de detalhes, fazendo o ritual que seus pais faziam para dar-lhe bronca quando desobedecia, incluindo as razões, e tomou a decisão de voltar para casa antes da hora combinada. Essa atitude ajudou sua mãe a manter a calma num momento em que se encontrava muito cansada para agir com justiça. Além disso, ela ficou satisfeita ao ver que ele aprendera a agir com responsabilidade. A partir daquela noite, o rapaz passou a chegar sempre cedo.

Fonte: PELT, Nancy Van. Como Formar Filhos Vencedores: Desenvolvendo o Caráter e a Personalidade. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2006.

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