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domingo, 19 de setembro de 2010

Uma palavra aos pais desanimados


Por Nancy Van Pelt

Muitos pais de adolescentes têm sentimentos de insuficiência própria. Perguntas como “Será que fiz a coisa certa?” os atormentam. Você sentiu esse drama alguma vez? Se continua fazendo a mesma pergunta, tenha a certeza de que está agindo como deveria. Às vezes, as coisas parecem irremediáveis, mas talvez sejam melhores do que você imagina.
Durante o período em que você conviveu com adolescentes em casa, a tensão e os desentendimentos podem tê-lo confundido e magoado. Os desentendimentos podem não ter sido agradáveis, mas indicam que os canais de comunicação se mantiveram abertos. Um conflito aberto é melhor do que uma guerra fria, em que os membros da família se escondem na hostilidade e indiferença silenciosa.
Por mais difíceis que sejam os anos da adolescência, os pais devem manter as portas da aceitação, do amor e da comunicação abertas. Sejam firmes e amorosos. O adolescente pode se mostrar hostil, ressentido, rebelde, mal-humorado e retraído. Você pode sentir que sua paciência se esgotou e querer abandonar tudo, distanciar-se ou pedir ao seu filho que saia de casa. No entanto, lembre-se de que, quanto mais difícil for seu filho, mais necessidade de amor e aceitação ele tem. Mesmo que ele reprove tudo o que você fizer, jamais o rejeite. Você é uma pessoa madura; seu filho ainda está amadurecendo.
Você pode agir com juízo durante o momento de dificuldade, mesmo quando ele não pode. Ao se comportar com firmeza, mas com amor, você terá sua recompensa se ele, no futuro, imitar seu comportamento sensato. Procure agir de tal maneira que, quando seu filho sair de casa, mantenha as melhores relações com você.
A culpa que uma pessoa sente pelo que fez ou deixou de fazer apenas piora a situação. O medo de fracassar, às vezes, atrapalha nosso pensamento até o ponto em que não podemos distinguir entre a culpa real e a culpa irracional. Cada novo problema que surge traz novos temores diante da possibilidade de agir de forma inadequada. A opressão da culpa fica tão intensa que ameaça nos alienar. Se não pudermos enfrentar nossos sentimentos de culpa de forma aberta e honesta, eles estragarão as relações com nosso cônjuge, nossos filhos, nossos familiares e os companheiros de trabalho. A culpa é como um ladrão e nos rouba o prazer de viver.
Estudos recentes sobre o desenvolvimento infantil indicam que o temperamento da criança tem mais influência sobre seu desenvolvimento do que se supunha. Com frequência, chama-se a atenção para o grande poder dos pais e a debilidade da criança. Todos reconhecemos a profunda influência que os pais exercem, mas subestimamos o papel do filho em seu próprio desenvolvimento. Os pais devem estabelecer uma distinção entre influência e controle. Ambos podem ser exercidos durante os primeiros anos, mas os pais têm de diminuir o controle quando os filhos chegam à adolescência. Mesmo com os menores, deve-se evitar o excesso de controle. Cada criança é um indivíduo particular, com sua própria vontade e capacidade de tomar decisões.
Fonte: PELT, Nancy Van. Como Formar Filhos Vencedores: Desenvolvendo o Caráter e a Personalidade. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2006.
Não é possível eliminar a dor, mas você pode se concentrar na esperança para o futuro. Faça um esforço para não se fixar no lado negativo da vida. Fortaleça a esperança, confiando que, no futuro, a situação será mais positiva. Além disso, lembre-se de que os filhos adolescentes têm direito de tomar certas decisões concernentes a seu futuro. Eles devem ser responsáveis por suas decisões, seu comportamento e pelos resultados de sua maneira de ser.

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