Um trabalho anterior sustenta a ideia de que poucas horas de sono podem levar à depressão. Uma pesquisa da Universidade de Londres mostrou que crianças que sofrem de insônia estão mais sujeitas a desenvolver o transtorno na adolescência. E outro estudo, sobre o risco do transtorno hereditário em jovens, agora na Universidade de Pittsburgh, mostrou que o indicador biológico de recuperação, isto é, não sofrer de depressão, era o sono adequado. Embora seja improvável que dormir pouco seja o único responsável pela falta de ânimo dos adolescentes, aqueles com predisposição genética ou ambiental para a falta de sono podem apresentar risco maior.
Experimentos realizados no Centro Médico Walter Reed do Exército e na Universidade da Califórnia em Berkeley, ambos nos Estados Unidos estão começando a esclarecer essa relação. Durante ressonâncias magnéticas, pessoas saudáveis mas com privação de sono apresentam aumento de atividade na amígdala, órgão cerebral envolvido no processamento das emoções, e redução de atividade no córtex pré-frontal – as mesmas alterações observadas em pessoas deprimidas. Em um dos estudos do Centro Médico Walter Reed do Exército, ao se defrontar com imagens perturbadoras os participantes começaram a apresentar sintomas de depressão e os voluntários de Berkeley se mostraram mais estressados que os participantes descansados.
O psicólogo William D. Scott Killgore, da Escola de Medicina de Harvard, do Hospital McLean e coautor da pesquisa do Exército, observa que todos esses efeitos neurobiológicos podem atingir os jovens de forma intensa. “Como os adolescentes sofrem muitas pressões na vida cotidiana ─ cada vez mais complicada ─, eles precisam de mais horas de sono que crianças ou adultos; assim, não dormir direito pode se transformar em um problema.
Fonte: http://www.creativecommons.org.br/
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