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segunda-feira, 5 de março de 2012

CRIANDO FILHOS MAIS FELIZES

CRIANDO FILHOS MAIS FELIZES: controlar o estresse, ter uma relação familiar saudável e entender seus próprios sentimentos são os melhores indicadores de bons resultados na criação dos filhos.
Um novo estudo realizado por Robert Epstein, professor de psicologia e pesquisador da Universidade de Harvard, junto com Shannon L. Fox, mostrou a eficiência de dez “tipos de competências” na criação dos filhos comprovadas por várias investigações científicas.
Dez atitudes para criar filhos mais felizes:
  1. Amor é essencial. É importantíssimo aceitar e apoiar os filhos como realmente são, mostrando que os ama deste jeito e aproveitando cada momento junto deles.
  2. Administrando o estresse. Reservar um tempo para você relaxar, procurando fazer exercícios ou algo que te faça bem, é algo que ajuda no equilíbrio emocional. Se tudo isso ainda não adiantar, invista na psicoterapia para entender e controlar melhor os seus sentimentos e ações.
  3. Habilidades do relacionamento também conta. Manter uma relação saudável com o parceiro ou com outras pessoas importantes na sua vida e na da criança, demonstra quanto é importante manter relações afetivas verdadeiras.
  4.  Incentivo à autonomia e à independência. É fundamental tratar os filhos com respeito e estimulá-los a se tornar pessoas confiantes e com iniciativa.
  5. Acompanhar a aprendizagem. É importante que os pais valorizem e acompanhem as curiosidades de seus filhos, mesmo as mais simples.
  6. Preparando para a vida. Converse sobre temas delicados, como medo, sexo e morte em linguagem acessível, bem como orientá-los e prepará-los para assumir responsabilidades.
  7. Atenção no comportamento. Reconhecer e reforçar positivamente as boas atitudes e recorrer ao castigo somente quando outros métodos, como conversar, já falharam mais de uma vez.
  8. De olho na saúde. Bons pais propiciam um estilo de vida saudável e estimulam bons hábitos como exercícios regulares, higiene e alimentação adequada para seus filhos.
  9. Falando de espiritualidade. Apoiar o desenvolvimento da religiosidade e a preservação da natureza, o respeito ao outro e às diferenças, evitando a disseminação de preconceitos e intolerância.
  10. Dar segurança. É importante se empenhar para proteger os filhos de situações de risco e manter-se vigilante quanto a suas atividades e amizades.
Várias pesquisas mostram o que já sabemos: quanto melhor a relação familiar, maiores são as chances das crianças serem mais felizes, saudáveis e ter sucesso na vida. Assim como amor e carinho é fundamental para a qualidade do relacionamento com os filhos, seja para o seu bem emocional e até para a saúde física. Mas agora aparecem resultados inusitados, mostrando que dois dos fatos que melhoram a criação dos filhos são indiretos: uma boa relação entre os pais e controlar o estresse. Mesmo sendo pais separados as crianças não gostam de ver as duas pessoas que mais ama brigando o tempo todo, assim como espera que seus pais reconheçam suas próprias emoções e lide com elas de maneira saudável e sem excessos, mesmo que algumas questões não estejam diretamente relacionadas com elas.
Outros fatores importantes apontados foram: dar espaço para as crianças experimentarem, errarem e nem sempre agradarem aos outros, sem que isso seja encarado como algo irreversível; procurar compreender as fases de desenvolvimentos dos pequeninos e entender suas próprias questões emocionais e aprender a lidar com elas, se preciso, recorrendo à psicoterapia mostrando benefícios indiretos a suas crianças.
Enfim, quase todas as atitudes mostradas apresentam como resumo o “equilíbrio”: Amar, mas impor limites; Vigiar, mas não sufocar; Dar o exemplo, mas deixar a criança ter sua própria individualidade. Uma das melhores notícias observada nesse estudo foi que ser bom pai ou boa mãe é algo que pode ser aprendido e treinado.

Bibliografia:
ROBERT, E. Equilíbrio Essencial: 10 maneiras de estreitar laços de afeto e preparar os filhos para a vida. Mente e Cérebro, São Paulo: Duetto, Ano XVII, Nº 215, p.27-33, dez. 2010.

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